Capoeira Nômade Acervo Digital: Do lado de cá da kalunga os africanos angolas em Salvador 1800-1864

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Proposta do Acervo

Esta página é a manifestação de nossa vontade de socializar o conhecimento que acumulamos durante nosso tempo dentro da capoeira. Acreditamos que o acesso é o primeiro passo para a formação crítica e para a emancipação da consciência, já que o processo de dominação, dos corpos, das mentes e dos corações, persiste inclusive entre as capoeiras.
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Percebemos hoje uma grande diversificação de frutos da capoeira, que faz muitas vezes esquecermos de suas raízes. Acreditamos que o princípio fundamental da capoeira é a liberdade: se não fosse o mundo onde há dominação, relações humanas entre dominados e dominadores, a liberdade não seria o motor de criação da capoeira. É provável que não existisse a capoeira se o sistema escravocrata não fosse implantado no Brasil com os povos negros africanos. Liberdade social, liberdade individual, liberdade corporal. Liberdade para conhecer, conhecer para se libertar! Sabemos que esta é uma pequena contribuição, sabemos que é o primeiro passo deste árduo caminho.
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A pesquisa por trás de uma formação crítica do ser capoeira é a intenção que nos motiva ao montar esta página. Com a popularização da capoeira, efeito reforçado pela Era Vargas nacionalista, houve criação de vários grupos e a formação de vários “mestres”. Identificamos hoje que cada um defende a sua bandeira “fundamental” e deixamos de aproveitar o que cada diferença exposta pode propor a cada capoeira – muitas vezes gerando rivalidade entre grupos e pessoas, como nas antigas maltas, só que desta vez por motivos obscuros, que nos faz pensar na formação de uma suposta “reserva de mercado” de capoeira.
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Obviamente que isso é preocupante, uma vez que não resolve o desemprego generalizado que assola a maior parte da população. Na verdade, ao em vez de unir as capoeiras, as fragmenta. Esta situação nos faz lembrar dos dilemas em busca da liberdade de ontem, e de hoje. A capoeira é expressão da liberdade, é a própria liberdade.
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Eis um dos motivos do termo “nômade” para nomear estas ideias. Precisamos pesquisar para aprofundarmos as questões acerca do mundo, da capoeira, e de nós mesmos. Por isso buscamos qualquer coisa relacionada à capoeira para estudarmos, avaliarmos e cada vez mais melhorarmos nossas intervenções, sempre na forma de aprendiz eterno, de educador-educando. Por isso disponibilizamos tudo o que achamos sem seleção ou classificação. Por isso pretendemos através desta página, ser um espaço de encontro, de troca, de diálogo com todas as capoeiras.
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OBS.: para você que já acompanhava nosso trabalho na plataforma agora extinta do Geocities, esta é a nossa nova forma de apresentação, pelo menos por enquanto.
A maioria dos textos foi encontrada na internet, se quiser pode procurar as fontes de onde salvamos os textos. Nossa intenção com o Acervo é facilitar o acesso a este material.
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Envie sua mensagem para nós, sobre algum evento, algum trabalho que você tenha em forma digital para colocarmos na página, sugestões... enfim, envie para:
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capoeiranomade@yahoo.com.br
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Do lado de cá da kalunga os africanos angolas em Salvador 1800-1864 - Pedro de Moraes Trindade

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